O Corvo
Numa noite sombria, entre as sombras dançantes
Um corvo solitário, de olhar penetrante
Pousou sobre o busto, na minha porta negra
Ecoando um lamento como um presságio de guerra
Com suas asas negras, como o manto da noite
Ele encara minha alma, com seu olhar de açoite
Um mensageiro do além, de segredos profundos
Que sussurra em meu ouvido os destinos imundos
"Jamais encontrarás paz", sua voz, sua casca
"Nos domínios sombrios onde a morte abraça
Teu destino é a escuridão, o eterno tormento
Neste mundo gótico, onde o corvo é o lamento."
Assim, o corvo negro, com seu canto sombrio
Desperta os terrores que jazem no vazio
E na noite eterna, entre a névoa e a dor
O corvo é o arauto do destino aterrorizador