Ecos
Na sepultura, onde a chuva tomba
Lágrimas do céu, sobre a pedra fria
Em pranto eterno, a alma se assombra
Sob o manto negro da noite sombria
Gotas derramam-se, num lamento mudo
Tocando os restos num sussurro de dor
Na terra úmida, onde o destino era escudo
O eco da chuva é a canção do horror
No silêncio da noite, ecoa o gemido
Dos que repousam na morada final
A chuva, cruel, como um punhal ferido
Cobre de tristeza o leito sepulcral
Assim, na escuridão da noite eterna
A chuva na sepultura ecoa em pranto
Um eco de tristeza que nunca se encerra
Num canto fúnebre, num sussurro de encanto