A rua principal
Numa rua tal caiu uma mulher,
Deitada na avenida principal,
Ela foi atravessada por um carro,
O carro estava desgovernado,
Por nada ele foi parado.
A mulher estirada no asfalto,
Viva porém em cores sem ressalto,
Tão triste aquele tal acidente,
Uma mulher pura e inocente,
Inocência ingênua e delicada.
O asfalto estava frio,
O corpo dela parecia gélido e vazio,
A alma se debatia no seu interior,
Gemidos saiam de seus lábios.
Sirenes tocam, ambulâncias chegam,
Desfibrilador, oxigênio, massagem….
Viva! Ela vive! A ciência vive!
Caiu na rua principal, em plena marginal,
Tropeçou num aglomerado de jornal,
Foi levada por ambulância ao hospital,
Se recupera em um quarto normal.