A mulher e a rosa
A mulher e a rosa num dia soturno,
A solitude invadia sua alma,
Tamanha solidão que ressoava calma.
Que fatalidade sentir tamanha solidão,
Que fatalidade viver tão só e serena,
Só e tão plena,
Tão só e tão pequena.....
Melancolia que não amena.
Como restos do jantar de ontem,
Um pássaro ferido indo ao sul,
As flores desabrocham antes de morrer,
As mulheres sentem dores antes do filho
[nascer.
E ela tão amena numa dor serena,
De tão plena quase podia levitar,
Melancólica, triste e plena,
Triste e só, triste e serena.
Desbotada num quadro angelical,
Chamavam seu retrato algo colossal,
Sem cores numa forma abstrata,
Abstraindo o máximo do artista.
A fatalidade se desdobra na sua tristeza,
E a melancolia faz morada em sua pele,
Teu semblante tem agonia,
Saudades do tempo de alegria,
Antes de seu amado descer a tumba fria.