Vento nevoeiro

*Vento nevoeiro*

Eu venho do nevoeiro

Do dia que foi sangrento

Luxúria que levanta poeira

Eu venho do mar lamacento!

Estou na bebida amarela

Das teias da aranha que é bela

Sou perigoso e formoso

quem sou?

Sou seu verdadeiro horror,

Que sucumbe aos fortes e justos

pra fazer desse mundo

uma incitação à febre!

Então não se vele inocente

Engulas o grão e a semente

Não invista ruim, o seu lucro

Fecha as portas do sepulcro!!

Pois a morte tem face e pele

Pelo

Onça

Lascívia e fato

Que quer você anjo nato

e ferimento grave!

Que destrava o nada dentro

e que trava o seu lamento

Sou a morte do momento

Sou Medusa que sonha certo,

Mas o pai não me julga divino!

Quem sou?

Eu sou o pecado das dores

Queimado na morte com flores

Sou a cobra que na carne vive

Por ter seduzido Eva

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 14/02/2024
Reeditado em 14/02/2024
Código do texto: T7998892
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