Passado
Na sombra do passado, um eco ressurge,
O peso das correntes que o peito carrega.
No labirinto da alma, a luz se insurge,
Descobrir a força, a jornada que abraça.
Entre lágrimas que regam a flor da dor,
Brota a semente da liberdade silente.
No eco do ser, a voz ganha fervor,
Rompendo amarras, o coração ciente.
A prisão dissipa, como névoa ao vento,
No compasso da própria melodia.
Caminha, alma, para o firmamento,
Onde a liberdade é poesia.
A metamorfose da dor em asas,
Céu aberto à dança da redenção.
Desperta, coração, em novas fases,
Livre, como o sol na vastidão.
A cada verso, um passo na trilha,
Quebrando grilhões do passado.
Força revelada, a alma brilha,
Na senda do amor renovado.
Na luz do autoconhecimento, fulgura,
A chama interna, que arde e clama.
Descobrir-se forte, a aventura,
No livre voo da própria alma.
Que cada verso seja a celebração,
Do renascimento, da verdadeira essência.
Na prosa poética da libertação,
A redenção se tece, com paciência.
Diego Schmidt Concado