Na quietude da noite
Na quietude da noite, sombras dançam,
Ecoam suspiros na brisa serena.
Entre túmulos, memórias avançam,
Como espectro que busca a luz amena.
Teus passos, silenciosos e firmes,
Revelam segredos do tempo perdido.
Na porta, meu ser encontra abrigo,
Ansiando pelo calor compartilhado.
Lágrimas caíram em noites escuras,
O eco do silêncio, testemunha muda.
Em cada verso, a história perdura,
Do amor que a morte não desnuda.
Teu olhar, farol na penumbra fria,
Guiando-me entre sombras e desencantos.
O poeta na penitência da agonia,
Encontrando redenção em teus encantos.
À tua porta, a alma repousa,
Como poesia que flui na bruma.
No silêncio, a promessa se entrelaça,
E a solidão encontra sua espuma.
Assim, como o fantasma em busca,
Nas páginas do destino, nosso enlace.
Na natureza morta, renasce a luz,
E a porta aberta revela o abraço.
Diego Schmidt Concado