Vampiro
Pela manhã quero ser teu desjejum
O ar matinal que respiras
O hálito de tua boca.
Nas tardes de inverno quero ser teu silêncio
Tudo o que beberes ou comeres
Tudo que vestires ou despires
Quero ser o bruto lençol estirado sobre teu corpo.
No verão quero ser o mar
A pouca roupa que vestes
O suor que se deleita com teu corpo.
E nas noites
(Todas as noites!)
Quero ser teu pesadelo e teu medo
A tua caça que te morde, meu vampiro!