༺ Epílogo ༻
Imerso em meu próprio sangue
Ouvi a badalada da dor pulsante
Minh'alma se descola do corpo
Se tornando fantasma vagante
O meu corpo caudaloso repousa
Saboreei álgida lamina pungente
Vertendo serpentinas carmesim
Amalgamando com água quente
A lúgubre solidão envolve-me
Vi o turvar do vazio lentamente
Enquanto a penumbra torna-se
Preenchimento do ser ausente
A presença da morte aproxima
Senti o odor de jasmim distante
Dos floridos Campos Elíseos
Mas pertenço à local destoante
Um calafrio ocorre-me quando
Toquei a gélida mão do caronte
Rumo à constrição imorredoura
Sofrerei eterno inferno de Dante