É NO TREMOR

É NO TREMOR

As línguas são heróicas,

Na conservação humana das invocações,

Demonstradas pelos estilos,

Necessários às memórias do desespero.

A convicção dos olhares religiosos,

Nomeia venerações.

O fino florescer,

Orienta os nascimentos livres.

Os fatos do não,

Sem direitos à perfeição,

Sabem civilizar a filosofia.

O vencer corrompe as magistralidades,

Da beleza que sangra como um perfume.

O intrépido desvairar,

Dura na servidão.

O resplandecer das trevas,

Cerca os sacrifícios das crenças.

O convocar da multidão,

Martiriza as confissões do tudo pessoal.

Os dias santificados pelas dormências,

Levantam o sepultar dos motivos.

O vir do bem,

Aventura-se ao socorro,

Das conclusões e das posses.

A salvação desfalece,

Na individualidade fraternal das prostrações.

Os assombros do haver causal,

Aterrorizam o melhor,

Com as superstições intensas do egoísmo.

As fibras mundiais do hoje,

Cobrem de cinzas,

A mente do chão.

O vestir do sono,

Visita o guardar.

Os rasgos do luto,

Em pranto,

Amargam a morte dos gêneros.

O tardar segue,

No vagar público,

Das perguntas escritas.

O agora mítico e coletivo,

Batalha pelos pecados.

As possibilidades se afastam,

Das concepções bebidas como condições.

A espiação observa,

As adversidades imploradas,

Pelo inflamar inconsciente,

Dos talentos metafísicos.

O forjar do fogo,

Dá certezas à respiração.

A potência dos intervalos,

Traz consciência,

Aos feitos dos tremores.

Sheila Gois.

Sheila Gois
Enviado por Sofia Meireles em 04/09/2023
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