Nevita
A arte quer salvar alguém que se mutila
Uma pupila que se fecha
A não aceitar a luz
Pois só há a escuridão
O mar é seu único refúgio
Ela dorme na areia
A se alimentar do rocio que banha seu rosto
E a protege de suas unhas afiadas
Sua poesia é o seu antídoto
Extraída dos seus pensamentos venenosos
E a maresia é outro elemento
Que os muta
À noite, Nevita evita as letras
Ainda sim, estende suas mãos
- Leiam-me!
E as cordas são jogadas ao mar