Etéreo sussurro
Numa doce canção,
Versejo nessa manhã
O etéreo sussurro que
Despertou-me a alma dormente
Nessa hibernação cálida,
Em que, acordando meu coração
De suas batidas mortas,
Arrancando de meu peito
O mais prazeroso suspiro.
Ouço, nessa suave manhã,
O etéreo sussurro que vem
De minha alma agora desperta,
Bebericando do apreço que
Me alegra ao levantar dessa
Sombria e aconchegante hibernação.
Erguendo minhas asas,
Rumorejo e saio do ninho
Ao dar meu etéreo sussurro,
Sinto a vida, cálida, a me abraçar
A cada doce brisa que acaricia
Minha alma outrora sonolenta.