O PESO DA INEXISTÊNCIA

Eu não vejo mais o sol

Eu não vejo mais a lua

Só o brilho da escuridão.

Sigo meu caminho torto

Eu sei que já estou morto

Mas ainda respiro e penso.

O mundo já me esqueceu

A terra bebeu meu sangue

O meu corpo é só podridão.

Eu não sinto mais o amor

Eu não sinto mais o ódio

Só o peso da inexistência.

Rastejo por chão gosmento

Tempo nem veloz ou lento

Apenas vastidão do campo.

De mim ninguém se lembra

Mas a alma não se contenta

Prefere vingança que perdão.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 23/06/2023
Código do texto: T7820614
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