O PESO DA INEXISTÊNCIA
Eu não vejo mais o sol
Eu não vejo mais a lua
Só o brilho da escuridão.
Sigo meu caminho torto
Eu sei que já estou morto
Mas ainda respiro e penso.
O mundo já me esqueceu
A terra bebeu meu sangue
O meu corpo é só podridão.
Eu não sinto mais o amor
Eu não sinto mais o ódio
Só o peso da inexistência.
Rastejo por chão gosmento
Tempo nem veloz ou lento
Apenas vastidão do campo.
De mim ninguém se lembra
Mas a alma não se contenta
Prefere vingança que perdão.