ÁRVORE

A árvore solitária e resistente

No terreno sujo em plena urbe

Absorve meus soluços doridos

Minha companhia na escuridão.

Lágrimas que te regam na noite

São como oferendas que deixo

Ao pé do tronco para seu nutrir

Não me importo se me consome

Sou homem com tempo vencido.

Você é única e é a imensa floresta

Que me deixa preso em sombras

Eu absorvo o seu pesar e solidão

Enquanto estou me decompondo.

Tantos insetos em ti fazem morada

No meu corpo vermes se apressam

A minha brevidade me levará logo

E você ficará à espera de uma serra.

Esta noite te abraço em despedida

Quero ter todo súber da sua veste

Ficará contigo todo o rancor e ódio

Que arrebenta meus olhos feridos.

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 21/06/2023
Código do texto: T7819324
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