Rastros de sombra
Nestas negras horas
Sigo, em minha vigília,
Os rastros de sombra
Que me guiam, de novo,
Aos teus braços, me deixando
Aninhada, em teus ombros,
Em meu etéreo leito de sono.
Caminhando atrás desses
Doces rastros de sombra,
Me vejo, outrora um fantasma,
Seguindo, ao teu lado, rumo
A um novo e cinzento amanhecer,
Iluminando nosso vazio ser
Ao irromper desse negrume
No afagar de nossas mortas tristezas.