Um dia na vida da morte

Nunca tinha acordado cansada, porque o nunca não existe pra mim, nem presente nem futuro, mais hoje... Sei lá

A monotonia, esse vestido preto e surrado, Esses invernos frios e definitivos,

Essas vezes mil,

Esse tempo calculado,

Essas vozes que não calam,

A criança que levei e ainda sonhava,

Esse velho que finge não estar me vendo mais que treme solitario em seu último sopro,

Nunca tinha acordado cansada nem tão decrépita e miserável,

Talvez agora sinta o peso de nao poder morrer.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 16/02/2023
Código do texto: T7721030
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