Um dia na vida da morte
Nunca tinha acordado cansada, porque o nunca não existe pra mim, nem presente nem futuro, mais hoje... Sei lá
A monotonia, esse vestido preto e surrado, Esses invernos frios e definitivos,
Essas vezes mil,
Esse tempo calculado,
Essas vozes que não calam,
A criança que levei e ainda sonhava,
Esse velho que finge não estar me vendo mais que treme solitario em seu último sopro,
Nunca tinha acordado cansada nem tão decrépita e miserável,
Talvez agora sinta o peso de nao poder morrer.