SEM VOCÊ
Estranhei aquele dia, estava mais acinzentado do que os outros...
Um silêncio ensurdecedor gritava incessante; até sangrar-me a alma entre os olhos marejados.
O céu chovia, caia sobre a minha cabeça, eu poderia lamentar-me junto, sem que vissem as minhas lágrimas caindo.
Então, eu sorria por fora, e, todo o meu ser desmoronava por dentro...
Entre um suspiro e outro; até sentir-me adentrando no paraíso, para ficar-me junto a ti.
Cada parte minha, como as flores mortas no pântano escuro dos teus ossos...
Os meus dedos entrelaçam as pétalas, teu rosto pálido de inverno, está tão frio agora meu amor...
Não há calor no teu corpo junto ao meu, os meus braços não alcançam os teus abraços.
Chamarei o teu nome, até que tua alma se desperte como o Sol brilhante invadindo a minha janela...
Deixe-me beijar teus lábios poéticos só mais uma vez, até durar a eternidade?