Mar das almas (parte 1)

A música toca,

Os ventos sopram,

De um lado o navio balança

Já do outro, eu observo os que se atiram no mar

E aqueles que jogam a âncora para nos ajudar.

Cada artista tem o seu canto,

Ele abraça os momentos para refletir

E se questiona os porquês da sua existência.

Crises existenciais fazem parte,

Ninguém amadurecer na alegria,

Então pare de se culpar por sentir isso!

Combinado?

Atire a primeira pedra,

Aquele artista que nunca pensou em desistir,

E já usou aquela frase clássica:

“Por que devo continuar tentando?”

Porque você deveria encerrar aquilo que

Abraça o seu coração, conforta a sua alma

E salva a sua vida?

A poesia são as vestes que protegem um coração rachado,

Por todos aqueles que te culparam por ser assim,

Uma pessoa que afoga os seus sentimentos em palavras,

Ser escritor(a) jamais será algo fácil.

O poeta é afogado nas perguntas que ele mesmo cria,

As máscaras escondem as expressões,

Mas os olhos transmitem,

Os sentimentos que as almas sentem.

A chuva cai,

Ela molha o meu corpo

E esconde as minhas lágrimas.

Se a água está gelada, imagine um coração cansado?

De ser machucado pelas palavras

E por falta delas também.

Eu vejo poetisas se achando tão pequenas,

Mas com potenciais tão grandes,

Escritores com egos enormes,

Porém com as escritas tão vazias.

(Pausa para o riso porque se você parar e refletir

Você só chora, meu amigo.)

Quer um conselho?

Não se rotule como bom ou ruim,

Mas sim, valorize cada tentativa sua.

“Será que eu sou bom no que faço?”

“Por que será que eu não consigo sair desse capítulo?”

Porque para abraçar o outro é preciso

Não ter medo de se cortar,

Você não se esqueceu disso, não é?

Escrito por Rafael Silva