A Lua Sombria
Os ventos estão soprando sinistras melodias
A noite se vai, as estrelas apagam
A lua escurecida morre em silêncio
Por toda a madrugada
Lamentos infinitos, recitados profundamente
Restam os maus agouros
Que nascem na penumbra
Onde permanece todo o vazio
Armadilhas constantes, fantasmas esquecidos
O medo faz sentido
O aperto no coração, as lágrimas do fim
Não procure pelo paraíso perdido na noite
Ele não existe
Juramentos deixados para trás
Afogados e perdidos na neblina
O sussurrar de belos versos
Apagados por gelados tormentos
Pelos uivos de dor das almas condenadas a vagar na noite
Mostre-me sua face, lua da escuridão
Seus olhos sombrios
Deixe sua beleza imortal desesperar os sonhos
Os infelizes sonhos
Que acabam sempre sendo esquecidos
Pelas infinitas trilhas da escuridão
Sombras passadas sempre voltam.