Canto Gélido

Em meus passos,

sobre as terras geladas,

que preenchem meu Ser,

e fazem quem sou.

Minha solidão,

era a capa,

que me reforçava,

e me esquentava.

Meu capuz,

ao qual desenvolvia,

meu intelecto,

era luz na minha caminhada.

Andei sobre a Terra,

no âmago do meu Ser.

Porém tudo mudou,

quando ví você.

Em suas vestes escurecidas,

que contemplavam,

o véu notuno,

que a noite trazia.

Sua forma e pose,

lembravam a mais bela,

e a mais soberana,

das rainhas.

Quem sabe ela deixe-a conhecer.

Para que em meus dias

sobre ela,

eu venha à escrever.

Sem falar nada,

ela já dizia.

Seu canto gélido,

me petrifica.

E dele me inicia,

e me faz entender.

Como a neve transforma o homem,

em se auto compreender.

Ela é a musa,

de minhas escrituras,

de quem agora,

eu irei vir a escrever.

Algo que palavras,

ou a união delas ainda faltam para dizer,

a complexidade,

e a riqueza deste magnífico ser.

Dragomir
Enviado por Dragomir em 18/10/2022
Código do texto: T7630377
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