Canto Gélido
Em meus passos,
sobre as terras geladas,
que preenchem meu Ser,
e fazem quem sou.
Minha solidão,
era a capa,
que me reforçava,
e me esquentava.
Meu capuz,
ao qual desenvolvia,
meu intelecto,
era luz na minha caminhada.
Andei sobre a Terra,
no âmago do meu Ser.
Porém tudo mudou,
quando ví você.
Em suas vestes escurecidas,
que contemplavam,
o véu notuno,
que a noite trazia.
Sua forma e pose,
lembravam a mais bela,
e a mais soberana,
das rainhas.
Quem sabe ela deixe-a conhecer.
Para que em meus dias
sobre ela,
eu venha à escrever.
Sem falar nada,
ela já dizia.
Seu canto gélido,
me petrifica.
E dele me inicia,
e me faz entender.
Como a neve transforma o homem,
em se auto compreender.
Ela é a musa,
de minhas escrituras,
de quem agora,
eu irei vir a escrever.
Algo que palavras,
ou a união delas ainda faltam para dizer,
a complexidade,
e a riqueza deste magnífico ser.