‡...Jornada de Espinhos...‡
Despencam dez mil lágrimas carmesins
A irrigarem a aridez do solo dessa alma
Meus lúgubres olhos refratam outrossim
A sombra, que ao espírito reconforta
Cinéreo é o firmamento do crepúsculo
A definhar as artérias do frio coração
Não mais sobejo um infinito cerúleo
Essa existência é uma eterna longuidão
Severas são as sevícias d´eras pretéritas
Pungentes vergastas que açoitam o ser
Viver nesse mundo é uma tarefa homérica
Haure a essência, da aurora ao fenecer
E no lamento recitado por esses versos
Um lânguido suspiro de pura divagação
O gélido sopro reverte-me ao anverso
Excelso encargo da mátria escuridão