‡...Jornada de Espinhos...‡

Despencam dez mil lágrimas carmesins

A irrigarem a aridez do solo dessa alma

Meus lúgubres olhos refratam outrossim

A sombra, que ao espírito reconforta

Cinéreo é o firmamento do crepúsculo

A definhar as artérias do frio coração

Não mais sobejo um infinito cerúleo

Essa existência é uma eterna longuidão

Severas são as sevícias d´eras pretéritas

Pungentes vergastas que açoitam o ser

Viver nesse mundo é uma tarefa homérica

Haure a essência, da aurora ao fenecer

E no lamento recitado por esses versos

Um lânguido suspiro de pura divagação

O gélido sopro reverte-me ao anverso

Excelso encargo da mátria escuridão

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 05/09/2022
Código do texto: T7598835
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