Persuasão

Olhei para o oceano escuro,

da noite eterna,

das estrelas secretas,

que se escondem no fundo do mar.

Pesquei com uma mistura,

que não era nem minha,

nem dela,

era sem união.

Uma forma, amorfa,

que naquele mar,

será alimento,

e uma bela solução.

Nesse mar,

que lembra um poço de desejos,

joguei- me ao mar,

pedindo a Afrodite.

Eu era a isca,

e também o pescador,

fui de oferenda,

com bom coração.

Meu corpo afundou,

na escuridão.

Se misturou,

Erebos e Nyx do céu contemplou.

No fim daquele oceano,

aonde meu corpo foi parar,

encontrei Afrodite,

de sua concha a debruçar.

Ela olhou e perguntou:

" O que desejas, mero mortal?"

Respondi de imediato!

"O poder da persuasão."

Ela me viu e sorriu.

E perguntou:

"O que podes, me oferecer?"

Eu vim a pensar.

O que eu,

para uma bela Deusa,

a quem tem tudo,

podia oferecer?

Pensei e contemplei,

o que falar.

Ela me deu,

o poder de na água respirar.

Então disse:

"Ofereço meu coração."

Ela riu e disse:

"Então você irá morrer, isso quero não."

Ela perguntou meu hobby,

falei que fazia poesia,

ela encantada olhou,

e pensou.

Mais ela ficou interessada,

em minha sinceridade,

então uma meta passou,

que queria há mais bela poesia.

Juntei toda minha inspiração divina,

ao olhar para ela,

e comecei à escrever,

então ela leu! Apreensivo estou.

Ela se encantou,

com aquela poesia,

de nome. Divina!

Então um redemoinho se formou.

A Deusa comigo naquele mar,

em sua concha,

me encontrou,

e do nada tudo se transformou.

Acordei naquela praia,

de areia dourada.

Com um anel,

da pedra turquesa.

Ela me aceitou,

ela me contemplou,

uma joia me cedeu,

e o sem forma se formou.

A persuasão,

sobre minha vida,

me acompanhou,

e Afrodite, amou!