LARGO DOS RENEGADOS

LARGO DOS RENEGADOS

Eram olhares mórbidos

Eram paredes pixadas e cinza

Era uma lágrima ácida

Era uma forte neblina

Era densa melancolia

Era um canto fúnebre

Era um silêncio ressonante

Era dos transgressores impunes

Era uma lua de sangue

Eram uivos ecoando

Eram ventos sacudindo galhos

Eram ou zumbis, ou sonâmbulos

Eram as companhias

Ao redor de tambores

com fogo

Eram noites vazias

Era frio que trincada a pele

Era espelho da covardia

Eram os renegados

Esquecidos em seus largos pântanos

Deslocados, desprezados

Jogados por todos os cantos

N° lei 9.610/98®️

Autores: MRFCausa e efeito

Adriano Poemia Crônica

Poesia: Largo dos renegados

Data: 29/08/2022

Hás: 21:34

País Brasil RJ SP

Causaeefeito e Adriano Poemia Crônica
Enviado por Causaeefeito em 31/08/2022
Reeditado em 31/08/2022
Código do texto: T7595201
Classificação de conteúdo: seguro
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