Vento nevoeiro

Eu venho do nevoeiro

Do dia que foi sangrento

Do giz que levanta poeira

Eu venho do mar lamacento!

Eu bebo a bebida que gela,

Das teias da aranha , que é bela

Sou perigoso de formoso

quem sou?

Sou seu verdadeiro horror,

Que sucumbe aos fortes e justos

pra fazer desse mundo

uma incitação à febre!

Então não se vele inocente

Não roube do grão, a semente

Não invista ruim, o seu lucro

Fecha as portas do sepulcro!!

Pois a morte tem face e pele

Pelo

Onça

Lascívia e fato

Que quer você anjo nato

de ferimento grave!

Que destrava o nada dentro

e que trava o seu lamento!

Sou a morte do momento

Sou a Eva que sonha certo,

mas o certo não me julga divino!

Quem sou?

Eu sou o pecado das dores

Queimando na morte com flores

Eu sou aquele que não morre ,

Por ter seduzido Eva.

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 29/08/2022
Reeditado em 16/08/2023
Código do texto: T7593652
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