Homem entre tudo
Triste é a camada de terra
Que sem elo não protege
Não vive entre os mortos
E entre os vivos se repele
Haveria nenhum vulto
De amor sem perdição
Muito me valeu seu custo
Sendo assim, sou dele não
Nem mais perdido que fosse
Meus costumes entre os doces
Chamaria seu percurso
De horror, como se um urso
Entre as garras tão bernardo
Aplicasse nele um fardo
Pra romper comigo veio
Meu coração por ele cheio
Já não faria diferença
Pois a vida tem provença
Que nem o tempo se incomoda
De lavar, por nós , a nódoa
De reter até na roupa
De cortiça , de estopa
Que não limpa o homem nú !