‡...Ósculo da Invernia...‡
Toca a tez sobre a tundra pálida
Onde os líquenes perfazem seu trajeto
Sombria presença, lutuosa e esquálida
Tentáculos soturnos, níveos sortilégios
O alvo plenilúnio por aqui mescla
Ao desenho sempiterno e auroral
A um bálsamo a alma se congela
Refúgio túrbido, descanso sepulcral
Os pinheiros negrumes sob a nevasca
Plangem sóbrias gotículas congeladas
Coníferos arbustos, lânguidas máculas
E na invernia, consciências enjauladas
E assim, o frio lambuza toda a mia face
Fustiga ávido este zimbório pensante
Encobre as palavras de mia lápide
Assopra severo, a ventania lamuriante