‡...Amargo...‡
É amargo, acre; tal como um fel
Um sabor acidado e sufocante
Tolhe a glote e disseca o mel
Pulsa a urência agonizante
Sem frugalidade, aqui s´anela
Permanece n´abismo de meu ser
Amortalhada em meu imo, cega
Misantropia ao orbe enegrecer
Adoece as válvulas de meu peito
Inunda o vazio com papoulas mortas
Esvazia a alma e me lança ao vento
Corrói todas as feridas sórdidas
E o nardo, esvaecido ao favônio
Amacia as paredes de mi´alcova
Letífera é a existência, catatônica
Opípara régia, dessa vida absorta
Ao som de Angellore - Inertia
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