†...Tragédia Nosferata...†

Deitado exânime em seu sepulcro

Jazido naquela esquife a sofrer

Exalava aos vermes o olor pútrido

De sua última vida até o fenecer

Por amor plangeu lágrimas rubras

Do sangue oleoso e coagulado

Exaurindo da nédia pele plúmbea

Findado no etéreo oceano dizimado

Sua enxovia agora é a negridão

A habitar em sua mente vazia

Sugada pela morte d´uma paixão

Sua donzela, sua infinita idolatria

Anterior ao funeral do coração

O lume acendeu naquele peito

Abstraindo a recôndita sofreguidão

A cabalar sua vida ao tormento

A amada sempiterna damejada

Plangia seus versos d´amor

Pois sabia que a besta renegada

Jamais retornaria ao seu fervor

Findado fétido naquele sarcófago

As larvas famélicas o corroíam

E assim iniciava o seu monólogo

Em pensamentos que o contorciam

Na cor, da dor, d´amor

A tragédia por ali se findava

No suicidar em nímio ardor

Silenciava ao eterno, besta notívaga

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 11/07/2022
Reeditado em 15/08/2024
Código do texto: T7557046
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