‡..Invernia Sombria...‡
Os frutos mortos despencam de mi´árvore
Enegrecidos adornam ess´alma que plange
Rosas espinhentas lancetam meu cerne
N´algum enxovedo de matizes magentas
O céu enroxado pela penumbra lastima
Que aos ósculos, o sangue toca a mia tez
Carmim escorre de meus olhos gotículas
Nectários choros, lambuzam d´uma vez
O coro dos corvos grasnando em meu ser
Proferem o hino de louvor à sofreguidão
Bramidos sibilantes ferem o alvorecer
E nostálgico caminho à fria lamentação
A invernia negrume despenca
Do alto das torres de meu coração
Luzindo as malditas labaredas
Expelindo a pérfida lassidão
Seco agora as rosas de meu jardim
Perpetuo a falta olorosa de meu cheiro
Exalando a morte de meu jasmim
Caído num distópico aconchego