†...Gélida Invernia...†
Despenca gélido o meu arrebol
Chega-se a lua e vai-se o sol
Gotículas carmins ornam mia face
Escorrem na tez, negrume nuance
Lufadas espasmódicas lambuzam
Ardem vergastando, macambúzias
Mia derme pilosa sangra letífera
Inconho maioral da morte ígnea
Mias falanges fremem acaveiradas
Sobre a respiração assaz ofegada
Num sopro letal, da morte esquálida
Mias vísceras se contraem, frias máculas
Pela frieza invernal de meu jazer
A flora cá arde ao toque sombrio
Plange aos ósculos gélidos do sofrer
Dilatam as pupilas, mortífero brilho
A madrugada vil em mim destrói
Aos cântaros, o praguedo corrói
E assim, num lamento desventurado
Incauto, ao frio arrebol permaneço, desgovernado