O SER QUE AMBICIONO

Onde a solicitude fez sua morada

Renego vaidade em pensamento

Desapega a alma em brilho relutante

Parecem até delícias as aflições que acabam com a satisfação do amargurado instante

O que me propus a ser, altivo serei

implícito e relutante

Todo desejo é ilusão de prazer

Mínimo, obscuro, efêmero, do mais singelo ao mais obsceno

Um brilho de audaz diamante que engole as próprias centelhas

Contemple a sordidez do ser que estagna em cima do muro

Em que ao invés de procurar oferecer a mão estendida

Solta o escalador no abismo gélido

Sem defesa, nem caverna, nem guarida

Quase destina-se ao hades, mas o pulso não se encerra

Transcreve-se, ó morto rasgado, em mórbida ferida.

Trás o ser mortalha fétida dos escombros e em milagre encerra o dano e volta à vida

Onde se encontra o ser?

Não sei

Só sei que sou eu

Vivo?

06/06/2026

12:23hrs

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 08/06/2022
Reeditado em 09/06/2022
Código do texto: T7533333
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