O CIRCO DOS HORRORES

Silêncio sepulcral emerge de dentro

Réu intenso da qual liberdade eu prendo e te impeço de sair

Nem a mais bela coroa de flores pode me subornar agora

Declaro o sepultar da aurora desde agora até o porvir

Não me subornes com rosas

Nem mesmo com teu traje negro elegante

As trevas rugem e se fazem de besta mórbida e sufocante

Não resista

Pois senão ao invés do buraco da mordida

a vértebra quebrada é que será ouvida, sendo pior morrer do que um zumbi vivo a sorrir

Não aplauda esse circo de horrores

sendo ao mesmo tempo espetáculo e platéia

O abominável ato que se encerra é o mesmo que te incita aos temores

Te trago flores mortas

É já adiantado o processo

Não viverão para sempre

Belas, negras e intensas

Não tente sepultar a fera

pois na escuridão ela espera

a garra certeira te crava ao meio

nem terás tempo de dar teu último sorriso

O mais obscuro dos mortais

encerra a carreira assim

03/06/2022

17:32hrs

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 03/06/2022
Reeditado em 03/06/2022
Código do texto: T7530129
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