__...Sombria...__
Os espinhos daquelas negras rosáceas
Ainda perfuram em feridas lancinantes
Dissecam os sulcos d´alma ruidosa
Num lasso e eternal sonido delirante
Não mais observo as velas chorosas
A crepitarem bruxuleantes à escuridão
Lumes argentecérulos, chamas vistosas
Lânguida atmosfera da lamentação
A mordaça noctâmbula a mim se anela
Estancando o eflúvio brando carmesim
Chagas caminhantes são pragas sentinelas
Sensações absorvidas pelo triste serafim
Mas o acre sabor das feridas ainda abertas
Destoam lutuosas à agridoce distopia
Embebido e catatônico às lidas severas
Invoco uníssono à gélida melancolia