__...Sombria...__

Os espinhos daquelas negras rosáceas

Ainda perfuram em feridas lancinantes

Dissecam os sulcos d´alma ruidosa

Num lasso e eternal sonido delirante

Não mais observo as velas chorosas

A crepitarem bruxuleantes à escuridão

Lumes argentecérulos, chamas vistosas

Lânguida atmosfera da lamentação

A mordaça noctâmbula a mim se anela

Estancando o eflúvio brando carmesim

Chagas caminhantes são pragas sentinelas

Sensações absorvidas pelo triste serafim

Mas o acre sabor das feridas ainda abertas

Destoam lutuosas à agridoce distopia

Embebido e catatônico às lidas severas

Invoco uníssono à gélida melancolia

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 31/05/2022
Código do texto: T7527630
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