Gótica

De nome bíblico e adorado

Eu me perdia nos seus olhos,

Cabelo hoje negro e comprido

Amanhã será curto e colorido.

De preto e roupa rasgada

Corpo marcado por facas

Tatuagens para disfarçar

Todo um passado triste.

Ela era a menina do ônibus

Aqueles romances bobos

Que nunca se desenrola

Apenas olhares brilhosos.

Quero lhe encontrar

Para poder te beijar!

Tudo questão de tempo

Disse o grande Pai!

Vou descansar minha paixão

Num luau com meus amigos

Olhar o mar enquanto bebo

Poder um pouco te esquecer...

Que paz eu teria se não te visse

Olhando-me nos meus olhos

Distante rebolando com um copo:

"Minha" Gótica Rabuda era real!

Seus olhos dilatados de droga

De você vinha cheiro de álcool

Misturado a perfume e suor

Cansada mas o corpo não parava.

Não fiquei para trás e dei um gole

No seu copo batizado pelo Diabo

Gosto podre, amargo e forte

Senti meu corpo exalando ecos (?)!

O tanto de droga que não tinha ai

Para longe ela nos levou

No meio do mato repousamos

Apenas a ressaca nos sobrou

Havia a lembrança de algo

Soava doloroso e gostoso

Em mim ficou o batom preto

E nela um sorriso de regozijo.

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@gab_poeta667

Poeta Gabriel Augusto
Enviado por Poeta Gabriel Augusto em 25/05/2022
Código do texto: T7523660
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