__...Sombras Outonais..__
Despencam as gotículas pálidas outonais
Numa cândida dança ao arrebol
Exalta meus cânticos nobres maiorais
Gótica vida, palavras ao pôr-do-sol
Irrora o eflúvio ébrio e sensorial
Sobre mia tez vampírica sempiterna
Gélida névoa; cândida, mas sepulcral
Tece uma paisagem sombria e fraterna
Essa dualidade de sentimentos coexiste
Do cerne, ao fulgor de mia derme insólita
Egrégia estação que a meu orbe emite
Frieza algoz, profunda e merencória
E os violinos chorosos cá reclamam
Em gemidas notas assaz sibilantes
Mi´alma outoniça neste altar, declama
Versos lânguidos, flébeis e inebriantes