__...Sombras Outonais..__

Despencam as gotículas pálidas outonais

Numa cândida dança ao arrebol

Exalta meus cânticos nobres maiorais

Gótica vida, palavras ao pôr-do-sol

Irrora o eflúvio ébrio e sensorial

Sobre mia tez vampírica sempiterna

Gélida névoa; cândida, mas sepulcral

Tece uma paisagem sombria e fraterna

Essa dualidade de sentimentos coexiste

Do cerne, ao fulgor de mia derme insólita

Egrégia estação que a meu orbe emite

Frieza algoz, profunda e merencória

E os violinos chorosos cá reclamam

Em gemidas notas assaz sibilantes

Mi´alma outoniça neste altar, declama

Versos lânguidos, flébeis e inebriantes

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 12/05/2022
Código do texto: T7514379
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