Em busca da própria sorte
Sua mente se apavora no desconhecido
O murmurar do desespero em seu ouvido
Em seu seio o coração se controla
Com um único suspiro o ar escapa afora
O desdenhar de sua própria vida
A fúria de uma canção esquecida
Memórias que lamentam sua escolha
Uma história que já nem mais importa
Sinta seu corpo se envolver pela chuva torrente
E corra até que seus pés fiquem dormentes
Grite a ponto de sua garganta explodir
E finalmente deixe seu espírito ir
A névoa carregará para sempre sua dor
E os ventos levarão para todos com rancor
A solidão dá passos lentos
E o entardecer invade aquele céu sereno
Espere e ouça com muita atenção
Lá no fundo há um pedido de socorro em vão
Em um poço húmido e escuro
A angústia de alguém presa em seu profundo
A felicidade é um fio prestes a ser cortado
Uma batalha injusta e nada amável
O tintilar de uma tempestade forte
Novamente esse não é o caminho da sua sorte