Aeterna Tristitia
É um gume afiado que perfura
A jorrar o sangue em mia imensidão
Vergasta e fustiga a dantesca paúra
Infesta a tez n´ardume lamentação
Lânguido, padeço dessa vida
Esta que lacera o meu interior
Corrói o cardíaco e dizima
Amputa o baluarte e faz-me indolor
Gélido, escureço a mia mente
Escarro nas lidas cá perniciosas
Azáfama por um retiro nímio ardente
Um destino de labaredas tortuosas
Essa vida é um verdugo sempiterno
Chorosa tal qual o tronco d´uma vela
A crepitar sequiosa em meu inverno
E atar-me sufocante nessa cela