A inefável retórica das sombras
Jazido no negrume féretro d´âmago
Ouço aos galopes o paladino a chegar
Mascarado, reintegra aos meus flancos
Força incitada ao meu orbe s´anelar
Navego empírico à lutuosa melancolia
Essa, a despetalar em obscuras rosáceas
Palavras dissecam a morbidez sombria
Em melífluos tons às regras contrárias
Me entrego então ao séquito das sombras
Que disseminam as correntezas de mim
Espalham ao relento todas mias sobras
Reconfiguram as moléculas carmesins
Recebido aos pálios à corte dimensional
Meu espírito se irrora em gloriosa alvura
Um tratado oriundo da entranha sideral
Prazenteira realidade, vide a uma escultura
E no descompasso de meu futuro magistral
Honrado por mias lutas nímias eternais
Damejo ao meu Eu, guerreiro maioral
Aos sussurros e bramidos, assaz guturais