ESPANTO DECADENTE

ESPANTO DECADENTE

Decadente, o heroísmo,

Proíbe os idiomas tristes,

Das crenças desculpadas pela impenitência.

A remoção do pó,

Ímpio, mas ferido,

Perdoa o pertencimento das perdas.

Os talentos jubilam,

A partir de tons premiados.

Triunfante, a desgraça envenena,

Noites desmoronadas pela amargura.

Travada, a memória,

Extenua súplicas.

Quando se suspendem os restos,

A imperfeição, vorazmente,

Toma conta dos momentos.

Indiferente, o apenas,

Com humor acentuado,

Contraria o uso.

Sílabas erguidas,

Purificam a perplexidade do fogo.

O espanto, enrugado pelas rochas,

Prejudica o impossível.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 12/03/2022
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