Aqueles que pertencem à noite

Um espírito escuro está rondando

Os degraus do local insólito

Rugidos melindrosos crescem aos ouvidos

O inferno quer devorar a maldita alma

Neste hospício as vozes me enlouquecem

Não há nada além dos cantos que fenecem

Obscura chance de fugir, torrente sorte

Enclausurada na parede torpe

Seu reflexo no espelho trincado no pavor

Olhos negrumes cerrados, peço clamor

Ele irá me levar à porta do desespero

Paralisei os ossos no chão: apenas, medo

Tenebroso mausoléu dos fantasmas

Guarda aqueles que veem as almas

Onde enterram os loucos fastiosos

Aventurando-se nos breus horrorosos

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 10/03/2022
Reeditado em 13/03/2022
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