Lamentação

A dor que reside no peito daquele que não pode voltar

É maior que o desespero etílico em que o poeta insiste em mergulhar

A morte é um calabouço que prende a todos no fim da trajetória

A ela pouco importa suas conquistas, sua vida, sua vitória

Pego mil cacos da minh'alma e faço um traçado na cara do destino

Sei que não mais será a mesma coisa, sem seus conselhos, eu desatino

A ti dedico postumamente uma epígrafe de um capítulo mal elaborado

Te peço desculpas por ter sido tão ausente, quisera eu ter estado ao seu lado

Ó maldição, ó céus, ó alucinação

Quem dera me encerrassem numa prisão

Menor do que a que vivo recluso em mim mesmo

Me sinto um pobre andarilho, maltrapilho, vestido de orgulho e andando a esmo.

Poucas linhas podem traduzir tudo que sinto, mas é tudo verdadeiro

Nas estações da vida, a morte é o piloto

As dificuldades nos cobram

E somos meros passageiros.

Cristian Arantes
Enviado por Cristian Arantes em 10/03/2022
Código do texto: T7469594
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