Faltou-me asas

                   FALTOU-ME ASAS...

Ah! essa sensibilidade qu'em mim não cabe

Extrapola minha alma e me devasta

Pelas densas brumas dos meus devaneios!

Ah! esses melindres_ surtos bruscos

Que me arrastam para  isolação total

Apatia degenerativa na escuridão d'alma

_ Um dia,  sei que retorno não haverá!...

Ah, essas fugacidades repentinas

Que me transporta para além do além

Que de mim  restará senão  minha  poesia

Parca, sem voz, incapaz de me retratar?

Ora! vocês que ora me veem e me leem,

Que tentam minha alma desnudar,

Hora virá que me buscarão, em vão,

Ex peregrina , na tumba hão de m'achar!

Faltou-me asas ...

Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 28/02/2022
Reeditado em 01/03/2022
Código do texto: T7462419
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