O lamento do espírito

Quão profunda é a tal d´angina

Essa a desdenhar todo o meu ser

Irrora essa alma, enfim desatina

Dor delirante, praga a corroer

Uma vergasta assaz lancinante

Que opera em tamanha aflição

Flébeis cigarras, nímias amantes

A soarem cânticos de lamentação

Meu espírito atroz uiva famélico

Pelas brechas dessa dimensão

Encara as angústias, intenso e gélido

Combate intrépido, a arte da lassidão

E assim transpasso pela entropia

Caótica vertente dessas amarguras

É uma falsa luz, a refulgir distopia

Progenitora algoz, de todas as paúras

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 18/02/2022
Reeditado em 18/02/2022
Código do texto: T7455018
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