O lamento do espírito
Quão profunda é a tal d´angina
Essa a desdenhar todo o meu ser
Irrora essa alma, enfim desatina
Dor delirante, praga a corroer
Uma vergasta assaz lancinante
Que opera em tamanha aflição
Flébeis cigarras, nímias amantes
A soarem cânticos de lamentação
Meu espírito atroz uiva famélico
Pelas brechas dessa dimensão
Encara as angústias, intenso e gélido
Combate intrépido, a arte da lassidão
E assim transpasso pela entropia
Caótica vertente dessas amarguras
É uma falsa luz, a refulgir distopia
Progenitora algoz, de todas as paúras