Arquitetura da Melancolia
No útero febril de meus neurônios
Recita uma lúgubre sinfonia
Lumes d´estampidos afônicos
Insalubre paz, mera catatonia
Fiandeira de cinéreas catacumbas
Tece tua teia assaz feminil
Polidas em odes taciturnas
Sussurra algoz à mia dor varonil
Grasna a um corvo flamejante
Ecoa odes inquietas e aflitas
Abismo de lamúrias sobejantes
Transmutação de notas em cítaras
Uma arquitetura nímia bacante
Reina ao nectário das almas sombrias
Enleia a mente numa trama errante
São os amplexos, dessa fria melodia
E assim se constrói a branda melancolia