Planta Sangue

Vento orgânico

Que varre destas terras o mais sujo ser

Brisa vespertina

Que vai de encontro a pele do diabo

Chuva decadente

Que sopra e bate de uma gota a outra

Torre alta

Que fura as nuvens de forma tão cruel

Planta vermelha

Que distorce o espaço e o tempo

Faça um degradante da vergonha

Dispare tua fúria venenosa

Acalme a pele porosa

Desfaça o quedar da bondade em mim

Clima dos infernos

Beba o sangue dos astros decadentes

Ponha fim ao início

Ataque o sol, desfaça estrelas

E se escureça, perfazendo o caos

Do tudo onde agora não existe nada