Profundez
Nacos turvos d´águas plúmbeas
Desaguam cá em meu cerne
Cinerícias e pálidas muralhas
Lancetam além da epiderme
Quiçá seja eu um rio taciturno
A corroer as fagulhas do coração
Com tons ferrosos, ais noturnos
Oceano abissal de sofreguidão
E a letargia acalma ess´alma
Sorve as gotículas enfeitiçadas
Joga-me ao pântano em lama
Tece as cicatrizes laceradas