Monstro da Escrita II
O vazio grita!
Lágrimas escorrem do meu rosto
Misturadas com as águas que caem do chuveiro.
O mostro está vindo!
E hoje é a sua segunda apresentação.
Por mais que sangre, você precisa seguir adiante,
O que doeu não foram as despedidas
Mas sim, os motivos que me fizeram partir.
Eu arranquei sentimentos pela raiz,
Porém cada atitude que tomei teve o seu motivo.
Não jugue um livro pela capa,
Porque quando nos conhecemos,
Os capítulos da minha vida já estavam em andamento, viu?
Eu perdi a confiança em muitas pessoas,
Esperei demais do ser humano.
Talvez, esse foi o meu maior erro?
E para o meu eu do presente:
Aqueles que querem o seu bem te apoiaram
E os que não se importam mais,
Bom, você já sabe como terminará tudo.
Você ficará sozinho e tudo serão apenas lembranças.
Convivi com aquilo que eles chamam de pecado
Meu corpo foi se tornando um cadáver
Que caminhava entre os vivos
Com o coração completamente dilacerado pelas decepções.
“Monstro na escrita”
Carinhosamente apelidado,
Ninguém saberá quando estou gritando
Ou apenas escrevendo poemas.
A face do poeta me mostrava que para ajudar o outro
É preciso mergulhar em suas dores primeiro.
Eu fiz escolhas?
Sim!
Rompi laços,
E enterrei diversas frustações.
Eu entrego pedaços de mim para ser seu amigo,
Mas destruo todos eles quando pisam em minha confiança.
O perdão existe, mas esqueça a amizade.
Quem viveu e sentiu foi eu
Então, não me arrependo de nada do que fiz.
Nada foi por acaso!
Por que você não engole o seu orgulho e pergunta
O que foi que aconteceu entre nós dois?
As minhas emoções me devoram
Quando eu começo a refletir.
Eu atirei o meu corpo na escrita
Para me conectar no carregador da vida.
O mar de dores estava diante de mim
A depressão me visitava quando eu escrevia
Ela tentava me convencer que ninguém me entendia
E que era melhor ficar sozinho.
Eu recusei o seu convite,
Destravei aquilo que me sangrava
Porque estava totalmente consciente que era uma fase ruim.
E o que aconteceu?
Por que eu carreguei tudo sozinho?
Como é possível despertar a razão
Quando o seu coração está em pedaços?
Meu “eu” do presente responderá essas perguntas.