O Pseudólogo do Brasil

Espreita na penumbra o astuto Dolo

Acompanhado por sua Ate - a ruína.

E pela traição de Apate - a sua sina

Pra tornar o coração um grande tolo

O malicioso modelou em barro cru

O Pseudólogo - a sua astuta criação

De Aleteia - moldou outro corpo nu

O Personificado ardil da enganação

Tão semelhante ao modelo original

Que enganou até o vaidoso artesão

Nem Prometeu reconheceu tal sinal

Mesmo sendo o pai de toda geração

Entretanto o barro não foi suficiente

E não deu para concluir-lhes os pés

Com medo de ser pego, o indecente

Ficou imóvel, alí temendo um revés...

Mas o Deus, vaidoso e inconsequente

Levou ao forno os moldes de mulher

E retirando-os do forno ainda quente

Soprou a vida e deu a ambos ar de ser

Aleteia caminha com muita confiança

E Pseudea fica presa em seus passos

A verdade segue firme em segurança

E a mentira fica presa num compasso.

Assim na vida como foi na mitologia

Vive o povo divido em dois extremos

Uns adeptos de grandiosa ideologia

Outros a cultuar "deuses supremos".

Talvez Dolo tenha feito um bom ardil

E Prometeu já esteja velho e vaidoso

Pra Impedir o Pseudólogo do Brasil

De proceder com o seu ato maldoso.

Que Zeus acorde pra acudir o Artesão

Com sua LUZ conter o Daemon da Ira

O Criador precisa vir curar nossa Visão

E amputar as negras asas da mentira.

Adriribeiro/@adri poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 27/09/2021
Reeditado em 28/09/2021
Código do texto: T7351280
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