A Doçura do Licor
E quando estava chorando
Horas e horas triste pensando
Que ninguém iria querer ficar me namorando,
Você já estava me procurando.
E quando estava na fadiga
Querendo desistir da vida,
Pois ninguém me compreenderia,
Te escutando vejo que me equivocaria.
Suas palavras são doces
Como licor de chocolate
Que me delicio devagarinho
Como se viesse de mansinho.
Tomo esse licor
Como adentra-me o amor
Numa doçura que amolece a alma
Perceber o coração em calma.
Para o novo, te desejo claridades,
Como diria Aline Wirley, no olhar.
Seja quem for que possa estar,
Estou aberta às possibilidades.
Eu estou bem comigo mesma.
E só me percebo nessa fortaleza
Pelo processo de autoconhecimento
Que me proporcionou esse apaziguamento.
A partir do meu mundo aceito,
Quero conhecer o mundo alheio
Que percebo com uma doçura ao estar disposta
A receber esse novo elo que nos envolver se possa...
Nada é censurado ou proibido
Para o universo convidativo
Ao aceitar o amor que vem das almas
E a compreensão das suas doces palavras.
Mas antes eu me compreendi,
Me aceitei e me senti,
Para que não dependesse da sua aprovação,
Vivendo de mim, não de algo externo como uma paixão.
A aprovação não é necessária,
Pois me aceito.
Mas a sua aceitação é como uma iguaria,
Pois numa interdependência agora me percebo.
O licor de chocolate
Já existe em mim,
Pois aceito e sinto cada parte
Tão única assim.
Mas você soma ainda mais o meu licor
Com o seu na mais pureza do amor
Que pudemos beber em plena sintonia
Aceitando o que sentimos no dia-a-dia.
Essa aceitação e compreensão
São como doces que vem ao meu coração
Dizendo que posso ainda ser digna de amor e ser amada,
Mesmo que pela depressão eu tenha sido a mim negligenciada e quase atropelada...
Mas essa história vai ser contada
De poema em poema, devagarinho,
Não estando já acabada,
Pois se trata do MEU caminho.
Um caminho com todas as pessoas importantes
Sendo todas como estrelas brilhantes
E eu me percebo e as percebo cintilantes
Para tentar ser eu mesma a todos os instantes...
Poesia inspirada na música "para o novo" de Aline wirley e em carl rogers.