Suicida

Mergulhei numa viagem sem volta

com espectros em minha escolta,

descendo vagaroso o túnel profundo

vejo algo no fim do abismo imundo,

espíritos de mágoas esplendorosas

irradiando amarguras espumosas,

flores sombrias que nascem da lama

e crescem como tumor que inflama,

a minha alma que rasteja agonizando,

na travessia de sombras chorando,

por entre o lodo do pântano escuro

na cinza floresta do umbral obscuro,

cheguei no chuvoso vale dos suicidas,

ouvindo os gemidos das almas esquecidas.

Angelus Blondet

Ezidio Alves
Enviado por Ezidio Alves em 16/09/2021
Código do texto: T7343429
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